4/5 porque me prendeu do começo ao fim, mas aquele final me pareceu um retalho. o lance do monstro ser real meio que esvazia tudo que o filme construiu com tanto cuidado. eu tava convencida de que ele era só mais uma alucinação, e isso fazia total sentido dentro da lógica simbólica da história. ela sair da casa entregando a aliança em vez de um osso?? era um enfrentamento, era ela quebrando o trauma com o que tinha, não com…
penélope dói porque não é uma romcom bobinha, é sobre crescer numa casa onde o amor tem condição, sobre aprender, desde pequena, que tem alguma coisa errada em você e que ou você muda, ou vai acabar sozinha
winnicott falava do falso self, uma máscara que a gente cria pra ser aceito, penélope viveu isso. um bando de adulto projetando no corpo dela a própria vergonha, o próprio medo. o rosto dela nunca foi o problema, o problema é essa…
coraline é basicamente sobre transtorno bipolar e ninguém vai me convencer do contrário, por isso é meu favorito.
de um lado, o mundo real: cinza, monótono, onde as coisas parecem sem graça e os pais mal prestam atenção. do outro, o “outro mundo”: colorido, perfeito, cheio de promessas de amor e felicidade.
a troca entre esses mundos parece muito com o que acontece na cabeça de quem vive entre a depressão e a mania. quando coraline se encanta pela outra…
