Não adianta remar contra a maré, estamos apenas no segundo filme mas é lógico que a trilogia Duna vai marcar a história do cinema. E isso por diversos motivos, como a grandiosidade da história, a qualidade da adaptação, ser de um diretor que caminha a os largos se consolidar como um dos maiores e também por ter um elenco repleto de estrelas do futuro, nesse filme aqui eu vejo pelo menos 5 atores que daqui há 20 anos terão marcado essa geração do cinema como super estrelas e tudo isso junto vai colaborar em tornar Duna um marco do cinema pra nossa geração e digo isso sem sombra de dúvidas. Duna 2 é GRANDIOSO em todos os sentidos da palavra, ele pega a base excelente, mas imperfeita, do primeiro e a
eleva a um nível raro no cinema atual, um filme épico, visualmente lindo, uma trilha sonora incrível, atuações fabulosas, efeitos incríveis e uma direção esplendorosa. Tudo isso culmina num futuro clássico do sci-fi, um filme que vai perar por gerações de pai pra filho porque é bom sem precisar apelar, o filme tem cenas de ação excelentes, uma história que não te deixa piscar, uma montagem ora corrida, ora confusa mas num geral muito esperta e consegue transformar aquele universo que no primeiro filme me parecia levemente desinteressante, em algo grandiosamente épico que te faz se importar com tudo aquilo e querer mais desse universo.

Todo o arco de mitologia e religião do filme é bem desenvolvido e vem num momento importante falando um pouco sobre guerras santas, sobre devoção, sobre os tais messias e sobre a força de um povo movido por crenças, mas eu apenas não dou 5 estrelas por causa desse arco, embora ele traga boa parte da importância da trama e fale bem sobre como política e religião funcionam no mundo real, ele em boa parte me parece unilateral e acaba transformando muitos personagens nisso, enfraquecendo certas decisões e certos momentos da trama pra mim, mas todo o resto, todos os arcos de família, lealdade, vingança, poder, amor e ganância são incrivelmente bem desenvolvidas com, assim como no primeiro, ótimas pausas entre os momentos grandiosos que fazem a história andar, faz os personagens se desenvolverem e que faz de Duna um filme que chega nos 30 minutos finais voando, com fôlego pra mais e ainda consegue, deixando o final em aberto pra parte 3, ser finalizado de uma maneira épica que te deixa eletrizado e extasiado na cadeira do cinema, quase que implorando por mais daquilo. Inclusive, por favor, vejam no cinema, Duna é FILME DE CINEMA, qualquer um de Dennis Villaneuve é. Enfim, 2024 começa fortíssimo, com um dos fortes concorrentes a filme do ano... Incrível.

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