O segredo é não levar a sério (quase) nada do que escrevo.

Agonia e tensão, o filme. Em termos técnicos, é impressionante como ele consegue construir um clima tenso sem praticamente mostrar nada além de soldados conversando e trocando olhares. Quando a pressão finalmente explode, a sensação é de pura aflição, quase como em um filme de terror, mas sem recorrer a clichês, afinal é um filme baseado em memórias de soldados, logo leva isso extremamente a sério.
Extremamente realista, com um design de som impecável e uma mensagem poderosa no final.
Como já diria Jackie Chan em Hora do Rush:
WAR, WHAT IS IT GOOD FOR? ABSOLUTELY NOTHING.
Simplesmente necessário descontrair depois de ver um filme desses.
Simplesmente a versão feminina do filme do Coringa (o primeiro, obviamente).
Fazia tempo que eu não via um filme utilizar tão bem o jogo de câmeras, referência e paralelos de cenas do começo ao fim, todas as cenas importam, nada é descartável.
O final é absolute cinema como diriam os mais jovens, até de um jeito cômico, mas nesse ponto a mensagem principal do filme já havia sido dita, então é quase como se o roteiro quisesse se divertir mesmo.
Como muitos já acentuaram, é um dos melhores do ano sim, em vários aspectos, tecnicamente é perfeito.
Mais uma vítima de sequência de filmes bons que não precisariam de sequências, a não ser que a ideia seja expandir o universo, começar a explicar como ele funciona e fazer algo minimamente diferente que faça sentido ter um próximo filme.
Que nada, mais fácil fazer a mesma coisa do primeiro, porque todo mundo gostou do primeiro, não é mesmo? Melhor ainda, faz uma prequel porque avançar história não dá dinheiro.