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Eu estava com medo de reassistir Grand Budapest Hotel, com algum temor de que não gostaria tanto quanto eu gostei quando assisti no cinema em 2014, Todavia, para minha surpresa, eu gostei ainda mais. As cores, a diversão e a fantasia de Wes Anderson soam como um respiro e um alívio dentro de um cinema tão frio e traumatizado quanto o contemporâneo.
Adrien Brody como Dmitri estava maravilhoso, que homem gostoso.
]]>Para quem espera uma leitura mais gótica e sombria de Fantasma da Ópera, certamente vai estranhar a montagem de Arthur Lubin, que inaugura a fase colorida dos Monstros da Universal.
Fantasma da Ópera (1943) é um filme que estampa e serve como perfeito modelo dessa fase do horror, os sets luxuosos, a estética do luxo e do épico, as cores vivas e lindas da técnica de coloração predominante da época, a Technicolor nos traz uma graça para quem vive uma era de cores frias e ausência de fantasia no cinema contemporâneo.
A história que John Jacobu nos conta traz uma Christine mais protagonista e independente, refletindo a sociedade da época, marcada pelo nascimento de um movimento que viria a ser a segunda onda do feminismo. E, nesse ponto, certamente a montagem de Lubin nos traz um filme a frente do seu tempo.
É um filme divertidíssimo, acima de tudo.
]]>Poucos diretores sabem utilizar a realidade fora do filme como um personagem do próprio filme. Ao utilizar Iguatu como personagem importante do filme e ao nomear seus personagens com nomes idênticos ao dos responsáveis por interpretá-los, Ainouz brinca com um ultrarrealismo para mostrar uma história tão recorrente na realidade dele como cearense.
]]>Watched on Sunday June 1, 2025.
]]>Watched on Friday May 30, 2025.
]]>Watched on Thursday January 23, 2025.
]]>Watched on Monday May 26, 2025.
]]>Watched on Tuesday May 27, 2025.
]]>Eu tive o prazer de assistir esse curta na sua reestreia em uma sessão com a presença de Jorge Furtado. Falando sobre os bastidores, ele comentou sobre a cena final do filme. Houve uma entrevista com uma criança da Ilha das Flores, quando ele pergunta sobre o que ela mudaria naquela realidade, e ela respondeu que aumentaria o tempo que eles tinham para perguntar os alimentos. Todavia, a câmera utilizada não captava áudio, logo essa entrevista não foi utilizada para a cena final.
Sim, essa resposta resume muito bem tudo que Jorge tinha a dizer no curta, a lógica de escassez artificial que já parece ser naturalizada nos mais miseráveis, uma realidade tão cruel que qualquer melhora já parece um sonho.
Porém, nenhum final seria melhor do que o silêncio em um curta que soube tão bem usar a ausência. O silêncio fala mais do que qualquer momento da maravilhosa narração de Paulo José. Jorge utiliza o silêncio para mostrar o que não tem explicação, a fome, a escassez, a morte. E nisso resultou um dos melhores curtas da história do cinema.
]]>Watched on Tuesday May 20, 2025.
]]>Uma das coisas mais angustiantes que eu já assisti na minha vida. Um documentário que mostra como filmes como Bacurau, Parasita e Sinners estão mais próximos da realidade do que gostaríamos de itir.
]]>Em Veneno (1952), Anselmo Duarte interpreta Hugo, que tem um romance infeliz com sua esposa, Gina (Leonora Amar), e decide assassiná-la, para, então, a substituir por Diana, também interpretada por Leonora, motivado pela assustadora semelhança entre as duas.
Apenas nesse resumo, fica clara a semelhança com a narrativa de Vertigo, de Alfred Hitchcock. Mas essa semelhança fica por aí. O é um produto de seu tempo em toda sua composição. Enquanto o uso de luzes nos remete a uma influência muito clara do impressionismo alemão, a história começa em um melodrama comum da época e vai evoluindo para o nascente horror policial estadunidense, com forte influência do cinema noir, ao adotar conceitos de femme fatale e detetive hard boiled. É um cinema que claramente mora no cinema clássico, com muita influência de diretores da época como Murnau e Orson Welles.
Não é o filme mais criativo da Cia Vera Cruz, mas entrega um bom entretenimento, além de uma história muito criativa, e uma atuação de gala do James Stewart brasileiro, Anselmo Duarte.
]]>Antes de ser um drama, um horror, um musical ou coming of age, Pecadores (2025) é um filme sobre raça, sobre negritude. Tudo gira em torno de uma comunidade negra que enfrenta o peso do racismo das leis Jim Crow, a violência dentro da própria comunidade e uma nova ameaça, que vai além do físico.
Enquanto a igreja batista e a violência racista do Klan representa o primeiro mal a ser enfrentado, um mal já conhecido, o clã vampírico de Remmick traz aos protagonistas um mal a ser descoberto. Enquanto o primeiro representa um perigo físico, a segregação, a perseguição e, por fim, a morte, o segundo representa um perigo existencial.
Remmick é um perseguido, uma vítima do destrutivo colonialismo europeu, assim como os moradores de Clarksdale. O sonho de liberdade e independência dos irmãos Moore e a arte transcendental de Sammie atraiu o vampiro, que, amparado no compartilhamento da dor e do sonho de liberdade, sonhou com uma sociedade onde todos aqueles oprimidos abandonariam sua humanidade, sua unicidade e formariam um super esquadrão para combater o opressor.
Uma ideia que, embora pareça libertadora, esconde algo perigoso, o apagamento das lutas coletivas. Negros abandonariam sua negritude, povos originários abandonariam suas heranças. Diante da imortalidade, nada disso existiria. Apenas o vampirismo, um conceito de super homem.
É um filme que encanta por belas atuações, uma boa trilha sonora, uma excelente direção de arte, mas nos lembra da luta cotidiana de diversas minorias. Tentando sobreviver ao opressor, mas sem largar a mão da sua luta coletiva em face da vala comum de um discurso vampírico da apropriação cultural.
]]>Watched on Saturday May 10, 2025.
]]>Watched on Sunday May 11, 2025.
]]>Watched on Wednesday May 7, 2025.
]]>This review may contain spoilers.
Ciao bambino apresenta-se como um típico filme de estreia de um diretor independente. Edgardo Pistone se posiciona mais como um cinéfilo irador das grandes referências do cinema italiano do que propriamente como um diretor que consegue dialogar e transcender suas próprias influências.
Ao longo do filme, percebe-se claramente a influência do pessimismo característico do neorrealismo italiano, especialmente na construção da narrativa do anti-herói trágico. Attilio, protagonista cuja existência se restringe à dura realidade das favelas de Nápoles, enfrenta uma vida marcada pela ausência paterna, resultado da prisão, do vício em apostas e do alcoolismo. Tal contexto remete diretamente às reflexões de Mano Brown sobre a hipocrisia social dos ricos, que promovem campanhas contra as drogas enquanto lucram com o álcool vendido nas comunidades pobres.
Durante sua trajetória, Attilio permanece preso ao ambiente que conhece desde sempre, mergulhado em uma vida de criminalidade condicionada pela sua classe social. Sua jornada carrega claramente elementos clássicos da narrativa: há um chamado à aventura, uma provação, uma recompensa e, inevitavelmente, uma tragédia. Esta tragédia, inclusive, dialoga diretamente com as raízes do teatro veneziano, remontando ao pré-cinema italiano.
Outro destaque do filme, marcado também pela influência neorrealista, é a personagem Anastasia. Uma trabalhadora do sexo e refugiada da guerra, vítima constante da opressão masculina. Contudo, apesar da sua vulnerabilidade, Anastasia assume contornos de uma femme fatale, catalisadora da provação enfrentada pelo anti-herói.
Esteticamente, Pistone bebe diretamente da fonte da Nouvelle Vague. A composição visual das cenas privilegia cenários e ambientes ao invés dos personagens, tratando os corpos como elementos pictóricos cuidadosamente dispostos. Essa escolha visual resulta em imagens belas e prazerosas, mas insuficientes para garantir profundidade narrativa ao filme.
A fraqueza do longa reside principalmente no roteiro, que não ultraa a superficialidade de clichês e frases feitas, evidenciada claramente no monólogo de abertura. Essa característica denota um diretor iniciante, ainda incapaz de ir além das referências que tanto ira.
No entanto, é na cena final que Pistone alcança seu grande mérito: a consumação trágica da jornada de Attilio. Sua morte, banal e indistinta como qualquer outra nas periferias, destaca-se apenas pelo valor dramático do personagem para o enredo. Ainda assim, não deixa de ser apenas mais uma tragédia entre tantas outras, uma poderosa reflexão sobre a banalização da violência cotidiana.
Uma boa estreia para Edgar Pistone, mas precisa ter cuidado para não virar um Tarantino italiano.
]]>Watched on Saturday May 3, 2025.
]]>Watched on Wednesday April 30, 2025.
]]>Watched on Monday April 21, 2025.
]]>Watched on Sunday April 20, 2025.
]]>Watched on Friday April 18, 2025.
]]>Malditos Hulk Cinéfilo e Professor Phillipe Leão que me fizeram ter curiosidade de assistir esse filme
]]>Watched on Saturday April 12, 2025.
]]>Watched on Wednesday April 9, 2025.
]]>Watched on Sunday April 6, 2025.
]]>Watched on Saturday April 5, 2025.
]]>Watched on Saturday April 5, 2025.
]]>Watched on Wednesday April 2, 2025.
]]>Watched on Monday March 31, 2025.
]]>Watched on Monday March 31, 2025.
]]>Watched on Sunday March 30, 2025.
]]>Assisti hoje pela sexta vez e, pela sexta vez, eu senti a tensão desse filme como se fosse a primeira vez, fiquei maravilhado com a fotografia e pela direção de arte como se fosse a primeira vez, me apaixonei pelas atuações de James Stewart e Grace Kelly como se fosse a primeira vez. Obra prima do cinema.
]]>Watched on Sunday March 9, 2025.
]]>Imagina você acordar às 4 da manhã na casa da sua namorada e o ex dela estar lá. Ainda por cima, o ex dela é o Bob Dylan
]]>Para além de todos os problemas racistas e xenófobos do filme em si que todo mundo já sabe, o filme é ruim em diversos aspectos. O roteiro é ruim por si só, as cenas são forçadas e cansadas, os números são ruins demais. Aquele número da sala de cirurgia, que coisa patética, que coisa desrespeitosa. Fora os furos idiotas, tipo a Zoe com um Macbook no meio de uma feira, cantando uma música falando como o México é perigoso. Isso sem falar na facada patética dessa cena. O argumento, em si, já é muito fraco, na real. Um traficando sanguinário que faz uma adequação de gênero e morre como santa popular sem nunca ter ressarcido uma vítima ou pagado por uma crime. A fotografia e a direção de arte são ruins, não tem nada a elogiar. As músicas são ruins, são sussurradas, sem qualquer potência, é um negócio anêmico.
Ponto positivo: Zoe Saldaña, que é uma vítima de um roteiro e um diretor horríveis, que tentam sexualizar ela o tempo todo sem nenhum motivo. Qual é o motivo de ela falar que tem bunda grande (não tem) no meio de uma música que ela reclama do trabalho dela??? Por que ela enfia a cabeça de um ministro corrupto na buceta dela?
]]>Belo trabalho de Sebastian Stan por conseguir fazer uma cara tão socável quanto a do próprio Trump.
]]>Obrigado, Flow, agora eu sei que existe uma ave chamada SECRETÁRIO, claramente uma homenagem a Amado Batista
]]>Watched on Monday February 17, 2025.
]]>Watched on Sunday February 16, 2025.
]]>Watched on Saturday February 15, 2025.
]]>Sing Sing: e se Mano Brown escrevesse um roteiro para o Don L atuar?
]]>Bela adaptação para os cinemas de Eu vou levar você desse lugar - Odair José
]]>Watched on Friday February 7, 2025.
]]>Watched on Monday February 3, 2025.
]]>Watched on Sunday February 2, 2025.
]]>Watched on Saturday February 1, 2025.
]]>Watched on Saturday February 1, 2025.
]]>Watched on Friday January 31, 2025.
]]>Watched on Saturday January 25, 2025.
]]>REAG Belas Artes - 02/02/2025
Sala 4 - Boa sala, isolamento acústico tinha algumas falhas, poltrona apertada.
Cine Marquise - 03/01
Sala 1 - Melhor sala de São Paulo
REAG Belas Artes - 06/01
Sala 5 - Apesar de pequena, é confortável
Cine Marquise - 03/02
Sala 2 - Ótima sala, mas não é uma boa experiência sentar muito pra trás, devido ao som do ar condicionado.
Cine Marquise - 13/02
Sala 2
Cine Marquise - 20/02
Sala 2
Cine Marquise - 02/04
Sala 3 - Sala muito apertada, um tanto desconfortável, que não chega aos pés das outras salas do Marquise
Cine Marquise - 05/04
Sala 1 - Deus, como eu amo essa sala
Reserva Cultural - 09/04
Sala 1 - Uma boa sala, acústica muito bem desenhada, cadeira confortável
REAG Belas Artes - 20/04
Sala 2 - A melhor sala do Belas
Assistir esse filme na volta do MorumBis foi uma experiência
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