Sonic 3 tinha tudo para funcionar bem seguindo a fórmula dos dois anteriores que misturavam uma meia dúzia de referências com um humor auto-consciente, apostando no carisma dos personagens. O que eu não esperava era que Jeff Fowler elevaria o jogo, não só com a introdução de Shadow – que por si só já gerou um hype absurdo –, mas realmente elevando a ação, elaborando bem o humor, e criando momentos verdadeiramente épicos que devem cativar tanto o fã novo…
Difícil medir em palavras o genuíno impacto exercido por Ainda Estou Aqui. Acredito que qualquer um que saiba minimamente sobre o tema do filme consiga entender as escolhas narrativas que Walter Salles tem nos primeiros 40 minutos, estabelecendo a felicidade de uma grande família que parece, acima de tudo, amarem uns aos outros com um afeto puro, belo de se ver mesmo, mas sem romantizar, sem transformar o filme em um “comercial de margarina”.
Quando a virada acontece, o filme…
Confesso que fiquei ainda mais curioso com The Phoenician Scheme após os comentários mistos, já que adorei Asteroid City que já não tinha sido tão bem recebido. E de fato temos aqui a fórmula básica do diretor repetida à exaustão em uma narrativa boba e que parece importante à princípio, mas que na verdade é apenas uma desculpa para um conto sobre paternidade.
E se a história em si não é nada demais, ao menos o hall de personagens apresentados…
Alex Garland sempre dá um jeito de enfiar algo misógino em seus filmes – ou fazer um filme puramente misógino como em Men –, o que me incomoda bastante, mas que ao menos parece bem encaixado nesse contexto. E sob a lente de Danny Boyle, 28 Days Later funciona mais do que bem.
Assistindo – pela primeira vez – em 2025, é notável como a obra realmente tem um papel marcante na cultura pop, definindo o gênero dos zumbis desde então. Basicamente…
É possível notar que aqui e ali, Homem com H quase cai em armadilhas comuns das atuais biografias apresentadas no cinema. Esmir Filho, porém, encontra um bom fio condutor ao alternar eventos da vida de Ney e suas músicas, como causas e consequências que encontram, através da montagem, a fluidez necessária para lidar com um recorte tão amplo sem se perder no meio do caminho. Grata surpresa.
Excelente mesmo quando obvio, The Substance recorre ao body horror para dar vida à uma Hollywood tão misógina quanto predatória, que mastiga e cospe mulheres tão facilmente quanto as ludibria com amor e atenção. Dos planos simétricos que remetem trabalhos de Kubrick em The Shining ou A Clockwork Orange – este último ainda mais, tendo em vista a narrativa – ao odioso personagem cujo nome sequer tenta esconder a “indireta” a um dos mais odiosos figurões da indústria, Coralie Fargeat…
